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domingo, 5 de maio de 2013

A Erva e a Sogra

Em uma pequena cidade do interior, o ambiente familiar em uma das casas estava bem conturbado. A nora já não suportava mais a convivência com a sua sogra, que morava sobre o mesmo teto que o seu. Sem saber mais o que fazer, procurou o sábio da cidade.
Ao chegar à casa do sábio, disse a ele que não agüentava mais a sogra, que ela era rabugenta, implicante, sem educação, e que estava disposta a tirar a vida dela, a matá-la, esta seria a única alternativa já que seu marido não queria ver a sua mãe fora de sua casa.
O sábio pensou por alguns momentos e analisando a situação da mulher buscou algumas ervas e disse a ela para colocar todos os dias uma pequena quantidade na comida da sogra, sem que percebesse, ela seria envenenada e morreria ao longo do processo. Disse ainda que devesse começar a tratar a sogra com carinho, afeto e educação para que nem ela nem ninguém percebessem nada.
A nora, sem demora, pegou as ervas e partiu para casa. No decorrer dos dias ela começou a depositar a erva na comida da sogra e começou também a tratá-la de modo diferente, não discutia com ela, ajudava-a em suas necessidades, passou a mudar a forma de lidar com a sogra assim como recomendado pelo sábio.
Passado um mês a nora percebeu que a sogra não havia piorado em nada a sua saúde, parecia até que tinha melhorado, procurou então o sábio novamente, ao chegar o indagou sobre o não resultado da erva, o sábio disse a ela que era assim mesmo que dava a impressão de melhora e depois teria um efeito mais brusco. Falou a ela para continuar da mesma maneira, continuasse a colocar a erva na alimentação e que tratasse a sogra com afeto e carinho que tudo iria dar certo, caso ocorresse algo errado que o procurasse dentro de três meses.
A nora foi então para casa e continuou a empreitada, o tempo foi passando e a sogra percebendo a mudança no tratamento da nora começou também a avaliar suas atitudes, após uma reflexão, começou também a melhorar a forma de lidar com sua nora, com o passar dos dias as duas foram harmonizando efetivamente a relação entre elas.
Passado os três meses a nora procurou o sábio, disse a ele que a sogra dela agora a tratava muito bem, que ela estava até gostando da sogra e que não queria mais que ela morresse. O sábio então, contente, disse a ela que a erva não estava prejudicando a saúde de sua sogra, estava na verdade auxiliando, que esta foi a única maneira de ajudá-la, já que na primeira vez que a procurou qualquer coisa que falasse seria inútil diante da ira e descontentamento que ela estava com a sogra.
A nora então agradeceu o sábio com um abraço e feliz da vida partiu para a sua agora harmoniosa residência.

Autor Desconhecido

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