sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Esperança
Conta-se a história de um homem que percebeu que estava lentamente perdendo a memória. Ele foi a um médico e, após um exame cuidadoso, este lhe disse que uma cirurgia no cérebro poderia reverter a situação e fazê-lo recuperar a memória.
- No entanto, - disse o médico - você precisa compreender que a cirurgia é muito delicada. Se um nervo for lesado, isso poderá resultar em cegueira total.
Um silêncio profundo encheu a sala.
- O que você prefere conservar - perguntou o cirurgião, tentando quebrar o incômodo silêncio -, a visão ou a sua memória?
O homem ponderou sobre suas alternativas por alguns momentos e então respondeu.
- A visão, porque eu prefiro ver para onde estou indo, a lembrar onde já estive.
Esse mesmo raciocínio é endossado pela pessoa que entende como a vida está passando rapidamente e que,para sobreviver e prosperar, ela precisa deixar o passado para trás. Você pode não esquecer o seu passado, mas não precisa viver nele.
O passado é um assunto morto e não podemos ganhar impulso para nos mover em direção ao amanhã se estivermos arrastando o passado atrás de nós. Por mais importante que seja o seu passado, ele não é tão importante quanto o caminho que você vê e prepara para o futuro.
Nossos esforços, portanto, devem se concentrar na tarefa de aguçar nossa visão e não salvar nossa memória.
Você consegue hoje lembrar-se do que fazia exatamente há um ano? Sobre o que você estava falando? Você estava zangado ou feliz, ansioso ou confiante? Pode ser que você guarde a vívida lembrança de algo dramático que tenha ocorrido. Para a maioria de nós, porém,o que nos preocupava naquele dia ficou nebuloso ou já desapareceu da nossa memória consciente.
Quando não temos esperança no futuro, continuamos obcecados com o passado e reféns do fatalismo, sem força para viver o dia de hoje.
O fatalismo é a atitude predominante na maioria das pessoas que vivem arrastando o passado. Ele é expresso em frases como: "Sempre foi assim, nada pode ser feito a respeito disso"; "Não se pode mudar o mundo"; "É preciso aceitar a realidade".
Mas preservar a visão é muito diferente do que cultivar uma memória fatalista. É seu extremo oposto, é esperança. Uma pesssoa com esperança está disposta a deixar que coisas novas aconteçam e assume responsabilidades que ultrapassam possibilidades jamais cogitadas.
Ter esperança não quer dizer evitar ou ser capaz de ignorar o passado de sofrimento. Na verdade, a esperança nasce no aprendizado com o passado.
O fundamento de nossa esperança é acreditar que algo melhor irá acontecer. É crer que hoje é o primeiro dia do restante de sua vida. (...) Você tem o dia de hoje, e é hoje que começa tudo que está para acontecer.
texto adaptado do livro Fênix.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário